sábado, maio 14, 2011

rama fresca e pé bichado

E que tal, escrever a história sem andar às voltas?
a verdadeira como quem não vai dar a ler sem arrazoados conscientes que te fecham?
e depois...se te apetecer guardas, ou deixas aparentemente esquecida na mesa da entrada.  Há sempre uma alma curiosa. Sabes que jamais poderemos sobreviver sem ego, super-ego e outros umbigos circunflexos. Sentimos-nos grandes ao compararmo-nos com alguém que nos parece inferior?
E é inferior porque é diferente?
É através da maledicência, mesquinhez, e pobreza de espírito que nos tornamos mais altos?
Enganar-me enquanto floreio o engano aos outros é, converter-me ao estado vegetativo da rama fresca e pé bichado.
A realidade não é ridícula! A utopia é que sim. Que se fantasie para adocicar ainda papo.
Mesclar lambuzadas de fodilhas com braguilhas, não.
Queremos parecer ilhas isoladas.
Ás vezes somos nós que isolamos as ilhas.
e nem sempre são as ilhas que nos isolam a nós...
Daí o outro senhor cantar que só estou bem aonde não estou.
Encaremos esta etapa como o Inverno, o tempo de ler cá dentro.
E façamos desta cerimónia do chá o tempo que dela quisermos.
A vitória faz-se de várias guerras, não é?
Por fim lambem-se feridas.
assim tomo-lhos o sabor, saboreio-lhes as células para as detectar, arranjo assim anti-corpos de borla.
Arranhá-las só provoca sangramento.
A exaustão, deriva do conhecimento do sabor e do cheiro.
Facilmente farejáveis ao longe, dá-te tempo de pegares na tábua,
e de lha enfiares no focinho.

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderEliminar
  2. "Encaremos esta etapa como o Inverno, o tempo de ler cá dentro"...Ah Joana se soubesses como esta metáfora me serve, se soubesses como me disseste o que fazer só de a escreveres....resta saber se consigo.

    ResponderEliminar
  3. Se sempre o soubeste, sempre o saberás.
    o ciclo reinicia Mar, sempre.

    ResponderEliminar